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Ex-Bope, Rodrigo Pimentel elogia Marcelo Werner, PM e PC da Bahia e alerta sobre CV: “facções não querem só vender drogas, querem território e impõem terror”
Ex-Bope, Rodrigo Pimentel elogia Marcelo Werner, PM e PC da Bahia e alerta sobre CV: “facções não querem só vender drogas, querem território e impõem terror”
Por Redação
06/06/2025 às 11:32

O ex-capitão do Bope, Rodrigo Pimentel apontou, durante participação no SOS Bahia, promovido pela Fundação Índigo nesta quinta-feira (5), em Salvador, que o Comando Vermelho, facção carioca que se instalou na Bahia, atua não somente com o trágico de drogas, mas sobretudo com o controle territorial.
Pimentel destacou o trabalho de Marcelo Werner, secretário da segurança pública no Estado, bem como das polícias Civil e Militar.
“Eu sou admirador da Polícia Militar da Bahia e da Polícia Civil da Bahia e a gente tem acompanhado os números de prisões e também de mortes e enfrentamentos, e a gente sabe que a polícia está trabalhando como nunca. Então deixar claro que a Polícia Militar e a Polícia Civil são executores de políticas de segurança pública”, destacou Pimentel.
“Eu digo que vai virar o Rio de Janeiro de uma questão de única possibilidade, a questão de domínio territorial. E o que eu vi no Rio de Janeiro, que o Rio de Janeiro infelizmente exporta esse modelo para o Brasil”, aponta o ex-Bope.
“O que eu vi no Rio de Janeiro é que as facções preferem dominar territórios a simplesmente vender drogas. E a dominação territorial é simbolizada através de uma barricada. Então, quando eu comecei a receber imagens de barricadas na Bahia, eu sei que a Polícia Militar está atuando com muita velocidade para retirar essas barricadas, eu percebo claramente que a Bahia está se tornando o Rio de Janeiro”, alertou o policial.
“O modo desoperante é exatamente igual. Domínio territorial e a imposição do terror. O bandido não quer só o dinheiro do comércio, das drogas. Ele quer firmar no território através do medo e do pânico. No momento exato que o governo federal banca a ideia de não considerar as facções organizações terroristas uma baita de uma responsabilidade a própria exemplificação da palavra terrorismo é medo e pânico é o que o Comando Vermelho está fazendo aqui, é o que o BDM está fazendo aqui é o que o PCC está fazendo aqui então a minha ideia disso aqui virar o Rio de Janeiro é justamente em função da ocupação e domínio territorial”, ressaltou o ex-Bope.
Pimentel também criticou a postura do governo federal ao não classificar as facções como organizações terroristas: “Isso é um erro grave. Quando se assassina um motorista de aplicativo, se degola a vítima e se envia vídeos às famílias, o objetivo não é o dinheiro, é o terror. E o terror é uma ferramenta política, de controle, exatamente como fazem os grupos extremistas mundo afora”.
Ele reconheceu o esforço da Polícia Militar baiana em retirar barricadas e tentar frear o avanço das facções, mas reforçou que isso exige uma estratégia nacional coesa. “A PM e a Polícia Civil executam políticas. Mas se a política pública não reconhece a dimensão do problema, não há efetividade.”
“A barricada é o marco físico da presença do poder paralelo. Quando vejo imagens disso na Bahia, percebo que o estado está entrando numa fase muito perigosa, em que o crime não só quer lucrar, mas mandar”, pontuou Pimentel.
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